sábado, 20 de fevereiro de 2010

Rumo ao vale sagrado

Olá queridos amigos, que a paz de Cristo esteja com todos vocês!!

Finalmente criei vergonha na cara para postar coisas sobre a viagem ao Peru que prometi, daqui a alguns meses farei outra viagem e nada de fotos e informaçãoes!
Bueno, primeiro tenho que falar uma coisa legal que aconteceu hoje. Hoje teve uma daquelas longas reuniões de planejamento escolar, tivemos uma atividade de construção de plano de aula e cada um teve como tarefa elaborar um plano de aula e depois (por sorteio) expor para a apreciação dos demais colegas. Enfim, o primeiro nome a ser sorteado foi o da criaturinha que vos fala...Fiz a apresentação como manda o figurinho.
Mas fiquei surpresa e feliz com os comentários da "chefia": "A Cristiane é prof de educação física, e nós já comentamos da facilidade dela para escrever, pois alguns professores que já passaram por aqui apresentavam dificuldades nisso".
Falaram outras coisitas mais em tom de elogio, e a baixinha aqui ficou tão inchada que se espetassem uma agulha era capaz de expodir!!!! :)

Well, vaidade à parte vamos rumo ao vale sagrado dos incas.

O vale sagrado dos incas está compreendido entre os povoados de Pisac e Ollantaytambo, é o lugar mais fértil do Peru e onde é produzido o melhor grão de milho do país.

Logo na entrada para as ruínas de Pisac, fomos abordadas por indigenas que vendem artesanatos. O bilhete de entrada para o vale sagrado custou 70 soles e dava direito ao passeio às ruinas de Pisac, Ollantaytambo, Chinchero e Moray.

A subida para as ruínas é extenuante, pela foto dá para ter uma idéia do quanto caminhamos, mas a paisagem compensa todos os esforços. Logo à minha esquerda foi o ponto de onde iniciamos a caminhada, atrás e à minha direita são as curvas de nivel usadas na agricultura.

Canais de irrigação, os desavisados não sabiam que não podiam beber dessa água...Como diz o povo, água que passarinho não bebe e nem tubarão não nada!

Ruínas de Ollantaytambo ou Ollanta para os mais chegados. Altitude de aproximadamente 2.800 acima do mar, estão localizadas na província de mesmo nome que é a única cidade da era inca ainda habitada. Mermão, haja fôlego para encarar essa subida!

Essa é uma das fotos que mais gosto, desse ponto é possível contemplar uma bela vista panorâmica da cidade e a feirinha de artezanato à minha esquerda.


Outra foto que adoooro e um ângulo diferenciado do povoado.


Algo intrigante é essa formação rochosa que parece um rosto mal encarado, notem que tem algo que lembra uma coroa também. Há uma hora do dia em que o sol reflete no rosto dando a ilusão de que os olhos estão abertos. Na foto anterior a essa aparece a parte debaixo desse paredão.

Essa é uma foto de uma vila chamada Chinchero e essa é uma igrja colonial. Essa foi nossa ultima parada nesse dia, a fot acima peguei da internet pois não tinha uma legal para mostrar

Em Chinchero não caminhamos muito pois estavamos um bagaço de tantas subidas e descidas de ruínas. Também provei o milho ranco cozido e um espetinho de gato andino. É engraçado que vamos caminhando e os ambulantes chamam a nossa atenção falando os valores: "Ten dolars, one dolar..."
Algo engraçado foi a propaganda que um menino fez para vender os seus dedoches (fantoches de dedo):
-"Lula é o presidente do Brasil e Lula tem apenas nove dedos"
Ah, nesse dia almoçamos em Urubamba.

Bom fico por aqui, não percam o próximo post "Em busca de Paititi"

Um abração a todos

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Aguas Calientes

Olá queridos, que a paz de Cristo esteja com vocês!

Ultimamente tenho acompanhado as notícias sobre as enchentes no Peru, muita gente ainda está ilhada na cidade de Águas Calientes, por onde passamos antes de chegar a Machu Picchu. Fico triste com essa tragédia, especialmente porque tenho ótimas lembranças desse lugar, ir a Machu Picchu foi fechar com chave de ouro a viagem ao Peru, já estamos programando a próxima para julho, mas dessa vez vamos a Puno conhecer a linda região do Lago Titicaca!


No trem, uma viagem mágica, simplismente maravilhosa!


Casinha em um dos vales que ficam no caminho a Aguas Calientes, dá pra se ter uma idéia do que víamos pela janela do trem....

Em Águas Calientes, toda essa área ficou inundada



Foto tradicional de Machu Picchu

Nunca esquecerei desses momentos, até agora essa foi a viagem mais espetacular que fiz.


Brincadeira de criança

Olá amados, que a paz de Cristo esteja com todos vocês!

"Brincadeira de criança, como é bom, como é bom/ Guardo ainda na lembrança..."

Desde de que retornei de Porto Velho (cidade natal), onde aproveitei meu restinho de férias, minhas lembranças foram aguçadas por uma certa "inveja branca" que sinto da molecada da minha rua.
O cenário é o mesmo todos os dias: a garotada da parte baixa da rua brincando de betis, na rua da frente de volei, um bocado de meninos empinando ou correndo atrás de pepeta* e outro punhado de meninos simplismente correndo ou brincando no monte de areia de construção...Todos felizes, despreocupados e com muita inocencia, sem o peso da responsabilidade da vida adulta
Minha infância em Porto Velho não foi tão diferente, exceto pelo fato de que eu tinha uma preocupação corriqueira: ficar de "butuca" na esquina para ver quando minha mãe chegava do trabalho, assim dava tempo de correr para dentro de casa e fazer aquela cara de paisagem, como se nada tivesse acontecido...
Traquinagens a parte, o fato é que quando estava em PVH recentemente lembrei o quanto isso era bom, principalmente quando a mamy dava uma folga e deixava eu e as irmãs brincarem no final de tarde, anoitecendo...Pira coca**, pira alta**, mãe da rua, esconde-esconde**, polícia e ladrão, rouba bandeira e tantas outras variações e invenções de mentes férteis e sedentas por diversão! Na adolescencia adorava jogar vôlei em um campinho que tinha perto da minha casa, coisa bem rústica, uma cordinha como rede, uma bola não oficial que foi comprada com cota e que muitas vezes era furada por algum cachorro da vizinhança ou grade de portão, eventualmente era estourada em um atropelamento.
E esses dias, saindo e voltando do trabalho me deparo com minhas lembranças, posso dizer que bem vivas e materializadas na gurizada da rua, de cara pro sol escaldante ou tomando banho na chuva amazônica que insiste em cair quase todos os dias, o que não impede que a diversão continue, muitas vezes até melhora as brincadeiras. É uma pena que nos tempos modernos algumas crianças estão deixando de aproveitar tudo isso para passar muito tempo na frente do computador, é uma pena mesmo, pior mesmo é sentir nostalgia daquilo que não se viveu.
Qualquer dia desses deixo de ficar apenas nas lembranças e brinco de betis com meus mini vizinhos!!!!!

*pipa
**variações de pic, aqui no Acre é chamado de "manja".